O piano transfere seus sons na noite às
Pombas,
E se escuta entre o vento tua voz, que nasce
Do nada,
E conversa com as flores.
Eu sinto a presença de teu alento arredor de
Minha consciência,
E penso durante longos séculos;
Para saber se teu halo
Traz alguma essência de amor.
O mar se mete entre meus sonhos
E se confundem tuas palavras
Com a brisa que provém do silêncio.
Caminho
Entre espaços
Submersos na memória de um concerto.
Parece que a sensibilidade quer voltar a nascer,
Mas um caracol detido no último milênio
Separa o tempo do contato.
Poderias dizer, talvez enviar-me um tanto de tuas
Emoções,
Desnudar o amor, reinventá-lo se estivesse morto.
O piano transferes os sons da noite às
Estrelas
E as estrelas desencadeiam uma chuva de mitos.
É música que penetra entre as rochas e a água,
E tudo se desvanece e volta a aparecer.
Quando não existe a verdade
E as formas são imagens iluminadas
Por uma razão em desvario,
O sonho se projeta no céu e se perde.
O sentido da vida é voltar a encontrá-la.
Gregorio Angelcos