sábado, 15 de junho de 2013

Diz-me que o mundo é belo

Diz-me que sim, 
diz-me que não, 
diz-me a verdade, 
sem os olhos no chão, 
Fala-me de amor, 
fala-me de paixão, 
diz-me que me amas, 
que o nome que me chamas
arde como lenha
na fogueira da cegueira do amor
e rebenta no teu coração, 
Diz-me palavras, 
diz-me mentiras, 
porque aquilo que me tiras
ao mesmo tempo que me atiras
areia para os olhos, 
aos molhos, 
para a cegueira da confusão, 
da indecisão e incerteza, 
que de certeza que sabias
que aquilo que te pedia
era mera fantasia na poesia da minha razão, 
Diz-me agora, 
diz-me depois, 
se somos um, 
se somos dois, 
o que somos
o que fazemos, 
por onde andamos, 
se não nos conhecemos?
Fala-me de ouro, 
Fala-me de prata, 
ama-me para sempre, 
ou para sempre ingrata, 
um pouco de alfabeto,
um pouco de abecedário, 
Diz-me que no prazer da escrita em que te coloco, 
Diz-me que não ficarás para sempre esquecida, 
no meu bloco, no meu imaginário.